Desde o início do ano vivemos sob a regência de uma nova ortografia. O pretexto para este brilhante ato foi a unificação da escrita nos países de língua portuguesa. Porém, passado o impacto inicial, achei as mudanças desnecessárias. Alguns acentos e hífens caíram, outros foram criados. E daí?
Podiam ter mexido em coisas mais importantes. Uma que sempre me incomodou foi o verdadeiro som do “X”. Afinal, qual é a dessa letra? Dei uma pesquisada no inglês e no espanhol e nestes idiomas o “X” tem uma função bem definida. No português não.
Uma hora é “ch”, em outra é “z”. Às vezes, torna-se “cs” ou, simplesmente, um “s” e até "c". Ô letrinha volúvel! Isso sempre me causou muita confusão quando criança. Imagino que hoje ainda seja um grande problema para os pequenos. O “X” sempre foi uma incógnita (na matemática, literalmente) pra mim.
Então, porque não definir apenas uma fonética para ela? Exemplo: se a partir de hoje o “X” passasse a ter somente som de “ch” e, em alguns casos, “cs”, exame passaria a ser “ezame”. Excesso, “ecesso”. Estranho não?
Parece desnecessário, meio bisonho até. Afinal, não é algo que vá acabar de uma hora pra outra com os problemas do país. Mas, poderia facilitar um pouco a vida de quem vai começar a ler e escrever a partir de agora. Ou é somente mais um dos meus delírios.
Um dia daqueles
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Enquanto eu não despir a alma, das cascas do medo, da inquietação, da dúvida
Enquanto eu não me permitir ser eu mesma, não há autosabotagem que acabe.
O peso...
Há 9 anos