segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Agora, um imortal

Quem ama o futebol só tem a lamentar o dia de hoje. Não quero falar do ser humano, do caráter do cidadão Ronaldo Nazário de Lima. Somente do jogador. Já escrevi sobre Ronaldo aqui, logo que retornou ao Brasil pelo Corinthians e marcou aquele gol de cabeça nos minutos finais contra o meu Palmeiras. Todos os elogios e homenagens feitos a ele serão poucos. Ele foi, dentro de campo, um verdadeiro Fenômeno.

Um jogador de uma qualidade e objetividade únicas. Um atacante como poucos vi em mais de três décadas em que acompanho futebol. Somente as contusões foram capazes de pará-lo. Em alguns momentos, nem elas. Pouco antes da Copa de 2002 era considerado morto para o futebol. Ressurgiu das cinzas e tornou-se um mito.

Por tudo o que fez nos gramados, ele merecia uma despedida mais digna. Talvez devesse ter parado antes do fiasco contra o Tolima. Mas, a imagem que ficará dele é a do vencedor, da superação.

Os mais jovens podem dizer que nunca viram ninguém melhor do que ele. Para mim, um pouco menos. Vi goleadores como Zico, Romário, Careca, Dinamite, Van Basten. Porém, Ronaldo por mim será lembrado como um dos três melhores atacantes que desfilou pelos campos do mundo. Agora, um imortal da bola.




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