domingo, 20 de fevereiro de 2011

Memórias

“Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá...”. Assim falou o poeta sobre sua cidade natal. A minha não tem belezas naturais, nenhuma palmeira, nem um sabiazinho sequer. Mas é a minha terra, seu DNA está gravado em mim.

Foi onde vivi todas as alegrias e dificuldades da infância e adolescência, onde aconteceram quase todas as minhas estreias: as primeiras palavras, os primeiros passos, os primeiros escritos, o primeiro beijo... Bem, a “primeira vez” mesmo foi em outros ares, longe de lá.

Osasco cresceu, expandiu seus horizontes, criou identidade própria. Antigamente, era só uma cidade dormitório, dependente de SP em quase tudo. Morei lá por 25 anos, mais da metade da minha vida. Hoje está quase irreconhecível. Porém, ainda me sinto em casa, no meu terreno, como se nunca tivesse saído dali.

Meu Deus! Mas, porque tanta nostalgia? Simples acaso. Estive por lá na manhã de ontem, 19 de fevereiro de 2011, exatamente no dia em que completava 49 anos de sua emancipação. E eu nem me lembrava disso! Em meio a toda movimentação para as comemorações de tão importante data, algumas recordações vieram à tona. Lembranças que dariam vários posts. Quem sabe...

Sou um paulistano por adoção e de coração. Entretanto, minhas raízes, as mais doces memórias da minha vida estão naquele pedaço de chão, não muito distante daqui, um prolongamento desta megalópole insana, mas sempre acolhedora que é São Paulo.

Por tudo isso, aqui vão todos os meus salves e vivas para a minha Osasco, sem belas matas e aves gorjeando. Quase uma cinquentona, mas ainda com o espírito jovem.

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