terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mudança de paradigmas

Qual o significado da eleição de uma mulher para comandar o país? Talvez o mesmo que a eleição de um negro para a presidência dos EUA. Independente das posições políticas e partidárias de cada um, que este seja o início de uma mudança de visão em relação à competência do sexo feminino e dos afrodescendentes para cargos de chefia. Algo que ainda não conseguimos superar neste país machista e preconceituoso.

Porém, ainda é pouco. O número de mulheres que chefiam ou já chefiaram uma nação é pequeno. Pequeno demais se considerarmos a importância que sempre tiveram. Não lhes faltam competência, nem coragem. Não lhes faltam nada. Estamos começando a mudar essa forma distorcida e elitista de enxergar a competência das pessoas, longe dos estereótipos. O jeito tucano de pensar: só os homens, brancos e velhos, do sul e do sudeste é que podiam chegar tão alto.

Se pensarmos na quantidade de negros em cargos majoritários, a situação é pior. Obama é uma feliz exceção. Aqui no Brasil, a possibilidade de termos um presidente negro é quase nula, já que existem pouquíssimos deputados, senadores, prefeitos ou governadores afrodescendentes. Precisamos melhorar muito ainda pra sermos um país justo. A liberdade de credos também é uma utopia distante.

Vivemos um momento importante, de transição, de mudança de paradigmas. Escrevemos a História no exato momento em que ela acontece. Entretanto, não devemos parar logo após as eleições. A vida acontece mesmo quando nos abstemos dela.

Um comentário:

Anônimo disse...

Um momento de transição no qual realmente ainda engatinhamos, mas são reflexões, como as suas, que fazem outros despertarem para a verdadeira necessidade de compreendermos a igualde existente no simples fato de sermos humanos.