sábado, 19 de junho de 2010

Imortal

Pois é, foi-se mais um gênio da raça humana. Um dos grandes das letras na língua portuguesa da História. Deixou-nos o mestre da razão, justamente durante o circo da Copa, nestes tempos em que a racionalidade não predomina. Calou-se o crítico mordaz deste mundo globalizado, o contestador de todas as religiões.

Saramago deixa um legado de independência em relação ao seu discurso, de liberdade do pensamento. Homem de opiniões fortes e polêmicas, posicionou-se sobre todos os temas importantes de seu tempo. Sua obra nos faz refletir sobre nossa condição neste mundo. Era um questionador, um genial irreverente.

Uma grande e irreparável perda. Este ateu e comunista convicto foi um ícone em vida. José Saramago agora é um imortal. Não um imortal das academias repletas de escritores medíocres. Sua arte viverá enquanto houver inteligência. Algo raro nos dias de hoje. E, que agora ficará mais difícil ainda de se ver.


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