sábado, 31 de outubro de 2009

CONTO DE PRIMAVERA

Viveram em uma mesma época. Talvez tivessem frequentado os mesmo lugares, se esbarrado algumas vezes por aí. Afinal, tinham desejos parecidos, as mesmas necessidades, procuravam coisas semelhantes.
Andaram pelos caminhos tortuosos das paixões desenfreadas sem se machucar. Caminharam por trilhas aventureiras sem se perder. E mergulharam nas águas calmas do amor tranquilo.
Ele achava que podia segurar as rédias de seu destino. Ela descobriu mais cedo que existem forças acima do nosso entendimento e aprendeu a domar seu ímpeto de viver.
O que não sabiam era que suas vidas se entrelaçariam em uma teia de emoções múltiplas. Que tudo o que existiu antes não poderia ser comparado ao que viria. Que as canções que sempre ouviram seriam sua trilha sonora.
Descobriram-se iguais na essência. Combinaram que o peso da impossibilidade não os deixariam mais fracos. Pelo contrário. Agora que se encontraram, não se perderiam mais. A única certeza que existe é o desejo de ficarem juntos.

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