Atualmente, querem nos empurrar a idéia de um mundo virtual, de relações virtuais. De que nada é muito palpável, real. De que a vida sem Internet, celulares, mp3, fotos digitais e globalização era muito diferente. Claro que houve mudanças. Hoje, as coisas são mais ágeis. Somos mais vigiados também. Mas o bate papo no boteco continua firme. O mundo a nossa volta continua real: os abraços, os beijos, as discussões.
O que mudou mesmo foi a crença no futuro. Da humanidade e das pessoas. Vivemos atolados em um ceticismo assustador. Afinal, todas as tentativas de revolução para mudar os rumos da humanidade fracassaram, vítimas dos sentimentos humanos mais mesquinhos.
Muitos acreditaram que, com o fim comunismo e com a hegemonia do capitalismo selvagem americano, o mundo viveria uma nova era de paz e igualdade. Não preciso ser especialista para comprovar que o projeto de globalização e hipercapitalismo somente piorou a situação dos mais pobres. Será que a ideologia morreu? Meu amigo Beto me disse que ando muito desesperançoso. Talvez a idade tenha me deixado tão descrente. Me veio à mente a canção do Cazuza.
Vejo, agora, o provável colapso do deste capitalismo – se bem que ainda é cedo para afirmar isso. Parece que todos nós sofreremos as conseqüências reais da ganância de uns poucos manipuladores do chamado dinheiro “virtual”. Porém, em tempos de crise, as pessoas tornam-se mais solidárias e humanas. Talvez estejamos precisando de mais esta.
Um dia daqueles
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Enquanto eu não despir a alma, das cascas do medo, da inquietação, da dúvida
Enquanto eu não me permitir ser eu mesma, não há autosabotagem que acabe.
O peso...
Há 9 anos
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