Hoje é o Dia dos Pais. Seria mais uma data comemorativa (entre tantas outras) criada apenas para ajudar o comércio e aquecer a economia? Se pensarmos com frieza, analisando o que acontece ano após ano, a resposta é sim. Mas, não é sempre que a razão deve agir em detrimento de nossas emoções.
Para quem conviveu com o pai só até os oito anos de idade, com pouquíssimas lembranças que possam ilustrar essa relação, é um dia importante, sim. Para quem recebeu a noticia de sua morte de forma traumática e teve sua infância abruptamente paralisada até o início de sua adolescência, a ponto de afastar-se das pessoas, sim, é um dia importante. Para quem, até os 26 anos, sentia uma profunda tristeza neste dia, é importantísimo.
Depois do dia 25 de novembro de 1990, a data passou a não ser mais tão nostálgica e triste. Nasceu Juliana, sem dúvida, minha maior criação e, também, minha redenção. Procurei dar a ela tudo o que não tive – ou tive por tão pouco tempo: carinho, companheirismo, broncas. Participei de todos os seus momentos até aqui. Troquei fraldas, levei ao médico, vou a reuniões de escola (ontem mesmo, briguei com um de seus professores). Tudo sem o menor sacrifício.
E vai ser sempre assim, até o fim. Se existe amor eterno e incondicional, é este; entre pais e filhos, filhos e pais. Um abraço aos que já são pais – em especial a memória do meu amigo Ademir, que nos deixou há dois meses. E, aos que ainda tem o privilégio de poder abraçar o seu, não percam esta oportunidade. Mesmo que pra você seja apenas mais uma daquelas datas comemorativas.
Um dia daqueles
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Enquanto eu não despir a alma, das cascas do medo, da inquietação, da dúvida
Enquanto eu não me permitir ser eu mesma, não há autosabotagem que acabe.
O peso...
Há 9 anos
3 comentários:
Sem palavras - Parabéns!!!
Demorou, mas veio com força total. E com muita emoção...Me emocionei.
João....Valeu!!!
Montanha
Apesar de ser realmente uma data comercial, devemos nos lembrar e amar nossos pais acima de tudo todos os dias. O dia é especial para harmonia e acima de tudo para reconhecermos os valores da família, idependente da distância e do tempo de convivência.
Parabéns pela iniciativa, seja bem vindo!
Fala Jão,
Como sempre, trata o assunto com muita honestidade e verdade, seja sempre assim meu amigo! Estamos juntos nessa caminha.
Abraço!
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