segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Papel em branco

Em cada sala, um pequeno mundo de grandes aprendizados. Em cada pequeno rosto, uma pequena história de vida. São pequenos seres humanos. Observando-os, entendi que já nascemos com algumas predisposições, não somos papel em branco e nada vem ao acaso.

Aprendi que temos alma. Está estampada em seus olhos, ainda em formação. Aprendo todos os dias a lidar com sua espontaneidade sem máscaras, sem subterfúgios. Tento me aproximar de seu universo tornando-me um deles. Muitas vezes, me deparo com minha incapacidade em compreender suas necessidades. Será que são tão diferentes do que éramos antes?

É óbvio que o meio em que vivem é fundamental na formação de suas personalidades. Porém, não é o único. Como explicar suas diferenças, o jeito delicado de um, a agressividade do outro, a extrema sensibilidade dessa e o distanciamento daquela?

Acredito que viemos a este mundo já carregados de informações, de sentimentos, de instintos, vindos de um “outro lugar”. E não estou falando da carga hereditária. Isso fica claro pra mim, agora que trabalho com crianças o dia inteiro. Este é um dos maiores mistérios da nossa existência.

Some-se a isso o conhecimento que adquirimos durante a vida, os lugares que frequentamos, as pessoas com quem nos relacionamos e o resultado...bem, o resultado é único. Não existem duas pessoas iguais e este é o grande milagre da Humanidade.

Sempre me perguntam como é (e está sendo) este contato com as crianças. É difícil, não há como negar. Sua sinceridade não dá tréguas. Algumas dessas pequenas pessoas ainda não foram domesticadas, estão em seu estado bruto. Então, a melhor resposta é "estou sempre aprendendo com elas..."



sábado, 19 de setembro de 2009

Transpiração

Falta de inspiração, preguiça, trabalhos de faculdade, problemas pessoais...ou tudo ao mesmo tempo agora! Nunca fiquei tanto tempo assim sem postar nada!
Contra a preguiça, luto todos os dias. Os trabalhos, vou fazendo - ando meio desanimado, mas sigo em frente. Os problemas...não posso deixar que me abatam. O ideal seria transformá-los em fonte de inspiração antes de resolvê-los. E inspiração nem sempre vem como uma entidade espírita. Necessita de muita transpiração.
Então, ao trabalho Johnny Bigod! O tempo não espera por ninguém...